Antes dos textos que compartilho aqui, milhares de coisas passam por mim.
Dessa vez foi o Vazio.
Abri o microfone intencionando apenas o registro do pensamento que traria em forma escrita para vocês, mas o fluxo foi tão bom que decidi manter o áudio como veio. Assim, inicio esta série, que já era desejo antigo.
Quem acompanha meu trabalho artístico sabe que tenho canais em outras plataformas, com formatos de podcast que exploram a poesia sonora. Desta vez, preferi o áudio limpo, sem muita edição ou roteiros extensos. As coisas que falo em voz alta me ajudam muitíssimo a estruturar melhor quase tudo, mas longe de ser um fluxo de consciência, já que quando jorram as palavras pela boca, no pensar elas já rodaram muitas e muitas vezes em frases que vão sendo reformuladas a cada vez, normalmente são frases que grudam em mim, que ficam rondando em looping enquanto ando por aí.
Bem, quando criei Querência, fiz um episódio piloto, onde trago a origem da palavra, e um conhecido me disse que gostaria de escutar mais vezes episódios como aquele, onde era simplesmente minha voz falando, sem interferências sonoras mais sofisticadas. Alguns anos depois, aqui estou.
Ainda que o Tempo na escrita assêmica e nas linguagens artísticas continue a me atravessar, este mês o Vazio foi o grande protagonista de minha pesquisa. Através de trabalhos de Roberta Boffo (Itália) Ken’ichiro Taniguchi (Japão), fui repensando as ideias e ideais dos espaços que precisamos para que a criação possa acontecer, e em como observar o vazio como potência de equilíbrio e forma. Assim, gravei este áudio na madrugada de 17 de fevereiro.
assêmica é a menor parte de um significado.
este é o texto número 6.
assombro é uma série de pensamentos que atravessam o corpo
e não querem chegar a lugar nenhum.
acompanhe meu trabalho em @assemica e @liapetrelli
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