Eco em inglês é um adjetivo, derivado da palavra ecologia: “not harming the environment; eco-friendly”. Eco em português tem muitos significados, fala primeiro da propagação sonora.
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No dicionário brasileiro é a “Repetição de um som que se dá pela reflexão de uma onda sonora por uma superfície ou objeto; o som produzido por essa reflexão; som indistinto; rumor, ruído; imitação ou repetição de palavras, ideias ou ato de outrem; aquele que repete ou divulga o que foi dito por outrem.”
O modo como as palavras se desenvolvem dentro de uma sociedade faz parte da cultura e interfere na maneira como os indivíduos encaram a vida e se movem pelo mundo. Sabemos que muitas vezes as palavras não dão conta de tudo, mas em português, temos a vantagem da pluralidade dos significados. Uma só palavra carrega muita coisa.
Por exemplo, na Índia a palavra “intensão/intenção” não existe, e isso diz muito. Para dizer estas e outras palavras, emprestam do inglês. Quem não tem a chance de aprender a língua estrangeira perde parte da conversa, fica de fora da rodinha. Durante uma das oficinas que realizei em Nova Delhi, usei, como sempre uso, esta palavra para explicar o que é uma escrita abstrata: é o gesto da escrita, aquilo que carrega a intenção do traço.
“Como se traduz intenção?”, perguntou Pooja à Harion, ao que seguiram longas explicações em hindi e árabe. Em hindu, as traduções chegam perto de “pretensão”, “determinação”, “severo”, “insondável”, o que muda por completo a compreensão da frase que se diz.
Ter ido para a Índia me fez confirmar algo que há muito venho notado: a escrita assêmica é uma bela ferramenta contra a censura. Todas as experiências que vivi, compartilhando minha pesquisa em Nova Delhi, me demonstraram o quanto o abstrato é necessário para quem não pode dizer, pensar ou sentir em liberdade. Hoje, compartilho um pouco destas percepções.
Parte I: A pesquisa
Do dia 15 ao dia 30 de novembro estive em Nova Delhi, participando de uma residência artística comissionada pelo projeto Art Rights Truth. Comigo estavam duas pesquisadoras do Centro de Direitos Humanos Aplicados (CAHR), do grupo de Ciências Políticas da Universidade de York, e uma incrível artista Indiana. Tallulah Lines, artista visual, ativista, muralista e pesquisadora, Emilie Flower, videomaker, ativista e pesquisadora e Pooja Dhingra, diretora de arte, designer gráfica e co-criadora de Rafooghar.
Este texto que escrevo agora conta um pouco sobre as novas perspectivas que me levam a enxergar as eco-assêmias de forma muito mais ampla; indo muito além do conceito que deriva das escritas naturais, trazendo o tempero brasileiro no que diz respeito ao prefixo estabelecido por artistas falantes da língua inglesa.
Tudo começa pelo eco, nuances registradas de familiaridade inesperada. Houve um quê de “acho que já vivi aqui”. A poluição cobre a cidade. Os carros se movimentam como lagartas lerdas em meio às avenidas, as buzinas cantam noite e dia e pode-se virar em qualquer buraco que caiba o carro, o tuktuk. Escutar novos sons, aprender novas línguas, sentir rodar os olhos com escrita ornamentada, orgânica, estética, elástica. Perceber no corpo das mulheres o andar cauteloso.
São Paulo é silencioso, conciso, achatado. Não há muita cor que derreta. Lá as ruas são cobertas por frutas, luzes, caminhões pintados à mão, posteres políticos, pinturas espalhadas e refrescos neon. Mesmo assim, a Índia é meio cinza – meio ocre-poeira-desidratada. Existe muito da coisa do calar. Engolir. Desviar. Lá não visitei contextos simples, criados para gringo ver. Visitei comunidades, vilas, pequenos setores organizados por número e bloco ao redor de uma praça. Conheci projetos sociais que fazer por conta própria o ato de devolver a quem precisa educação, sentido, olhar e audição.
A primeira proposta que enviei à universidade sobre as investigações que me interessavam no contexto Brasil-Índia foi sobre essa distinção: eco vs eco. A segunda foi sobre as formas codificadas no corpo da cidade, que não deixam de produzir eco entre as culturas, uma vez que a arte urbana teve início no Brasil da mesma forma que teve na Índia, para falar sobre, contra e a favor da propaganda política durante o crescente das ditaduras militares.
Nos dias que seguiram, meu lado pesquisadora cutucou muito mais minha curiosidade do que meu lado “artístico” - se é que pode existir distinção entre estes lugares. Assim, acompanhei Tallulah e Emilie numa série de entrevistas ao redor de Nova Delhi. O projeto que me levou até lá, Art Rights Truth, investiga a pergunta “Seria a arte capaz de modificar a articulação dos diretos humanos?”
Durante as entrevistas, elas procuravam entender quais formas, técnicas e conceitos são escolhidos hoje por mulheres artistas para desenvolver seus trabalhos, sob quais pautas, sob quais interesses, e se teriam esses modos formas indecodificáveis – como a minha pesquisa em escrita assêmica, por exemplo.
Livros, pulseiras e adereços plantáveis, rios, nuvens, pedras, solos e vento se perguntando o que significa ser artista. O que significa fazer arte? Apenas praticar arte? O que escrevem as linguagens naturais e quais caligrafias temos escolhido para reescrever os modos de leitura do mundo? As coisas que desaparecem estão numa constante, se transformam em linguagem o tempo todo. Regenerativamente buscamos vocabulário para entender o que é tirar, o que é devolver, e como é que se vive em movimento. Conjunto. Para reestabelecer o que falta voltamos sempre ao início: ao primeiro solo, à primeira forma, à primeira linguagem. Arquivar, revisitar, modular, afinar. Encontramos nos jogos fiéis aliados para reaprender como é que se faz para deixar o corpo ser. Inventamos a comunicação através da coragem para continuar criando identidade. Cuidamos da alimentação para encontrar alívio. Escutamos música e dançamos para afastar o mal, para ascender. E aí é que encontramos o eco.
Ainda em português, eco quer dizer “boa repercussão; acolhimento, apoio; notícia, repercussão em massa; memória, rastro, vestígio”
Parte II: Rafooghar
Tudo o que vivi na Índia foi organizado por Pooja Dhingra, co-criadora do projeto Compassion Contagion e Rafooghar – que opera em colaboração dos projetos Yellow Streets (de Yursa Khan) e Art Reach India (de Arti Malik).
Rafooghar em Hindi se traduz para “reparação”, o ato de costurar tecidos antigos, desgastados e esquecidos; reciclar, por assim dizer. Rafooghar cresce no bairro de Saheen Bagh, no sul de Nova Delhi. O bairro é conhecido por ser um dos lugares onde a maioria da população muçulmana vive, população esta que hoje enfrenta perseguição e racismo por parte da imposição hinduísta do atual primeiro-ministro.
Saheen Bagh foi sede do protesto pacífico e artístico articulado por mulheres. Durante 60 dias, elas sentaram-se em vigília contra a emenda assinada em 2019 que condiciona direitos de cidadania à religião. A assinatura da ementa informa que muçulmanos que não conseguirem comprovar que moram no país há mais de 11 anos sejam desconsiderados cidadãos indianos. O protesto contestou as Leis de Cidadania (CAA, 2019) – que excluí os direitos de muçulmanos no país; Registro Nacional de Cidadãos (NRC) – “reconhecimento de imigração”, que na verdade faz a deportação de imigrantes vindos antes de 1970 que “não possuem documentação legal”; e Registro Nacional de População (NPR) – que identifica e enumera, a cada 10 anos, a legalidade de moradia dos cidadãos indianos. Estas medidas levam parte da população Indiana à campos de detenção, onde permanecem com futuro indefinido. Apesar de todo o esforço articulado no protesto, as leis não foram revogadas.
Foi neste bairro que passei a maioria dos dias enquanto estive na Índia. Emilie e Tallulah entrevistaram mulheres que participaram do protesto, e pude participar das filmagens. As mulheres entrevistadas frequentam Rafooghar, e foi para elas e para as filhas delas que dei as primeiras aulas de escrita assêmica no país.
Rafooghar – The house that mends, é este lugar seguro onde mulheres de várias religiões se encontram para se reconhecerem como mulheres. Através do ato da costura, elas dividem experiências pessoais e entendem que, no fundo, são iguais, e que precisam de uma rede de apoio para atravessar as particularidades de seus universos.
Hoje a casa recebe facilitadores que incentivam práticas de autoconhecimento e apresentam ferramentas para que mulheres, crianças, homossexuais e pessoas queer possam compreender seu lugar no mundo, longe da censura que se instaura no país.
Fomos introduzidas ao grupo através de uma festa. Tallulah Lines desenvolveu uma pintura para o terraço de Rafooghar. Através das respostas para a pergunta “O que sinto quando costuro”, apareceram as três tigresas adormecidas, que representam a coletividade, a calma, o respiro e, em alguma instancia também carrega o tempo de descanso, abrindo alas para algo que pensei quando vi a imagem “O que será que vai acontecer quando estas tigresas acordarem?”. Na companhia de muitas mãos, pintamos o mural e estabelecemos uma relação de confiança com as frequentadoras de Rafooghar, criando um elo semelhante ao acolhimento brasileiro: com música e comida.
Certa manhã fomos até Malviya Nagar encontrar a muralista Anupama, que estava na festa do mural, e compartilhou conosco sua história durante o café. “Não escreva nada, apenas pinte. Aqui a escrita serve apenas para vender coisas”, foi uma das falas que ela nos trouxe.
Por fim, eco em português também quer dizer “sucessão de palavras que rimam entre si; recurso que consiste em fazer suceder a um verso, rimando com ele, uma palavra ou grupo de palavras.”
Parte III: Oficinas de escrita assêmica
Em duas semanas dei quatro oficinas de escrita assêmica: duas para crianças e duas para adultos, sob contextos diferentes, que ecoaram de forma semelhante pelos corpos atravessados pela escrita abstrata, rimando as percepções que corroboram com minha recém-descoberta.
A primeira aula que articulei em Nova Delhi (23/11) foi para as crianças de Rafooghar. E foi ali que comecei a escutar a potência dos ecos de minha pesquisa. Então, cheia de medo, articulei três jogos com crianças de 10 à 16 anos: o risco conjunto, onde experimentamos o lápis dançante sobre a folha movimentada por outra pessoa; o risco coletivo, onde canetas percorrem o espaço da folha na companhia de muitas outras mãos; e o desenho cego de observação do outro, onde não olhamos para nossos traços, apenas para a pessoa que queremos representar. Fiz tudo isso ao som de Gilberto Gil, frevo, risadas e línguas que não entendia.
O resultado disso tudo, segundo às próprias crianças me contaram, foi o sentimento de, pela primeira vez, conseguir experimentar o poder de expressão da raiva. Durante o exercício do risco coletivo, alguns rasgos surgiram na folha. Na escola, elas seriam repreendidas. Todas as coisas que fizemos juntas são normalmente vistas como “erro”, e quando não houve o cerceamento, a bronca e a pausa forçada da expressão, o ambiente ficou mais fluído, os riscos puderam dizer o que as bocas não podem.
No dia seguinte (24/11), foi a vez de apresentar a assemia às mulheres de Rafooghar, onde pude conduzir tudo com mais calma e explicar os conceitos terapêuticos que costuro ao ato da escrita. A começar pelo exercício de meditação e visualização, onde relaxamos o corpo para abrir os poros sensíveis que guardam nossas emoções e deixar que elas interfiram em nossos traços, relembrar que existe um lugar seguro dentro de nós que podemos acessar quando muita coisa se acumula. Seguida pela proposta de representação abstrata de sentimentos que nos atravessam, sentimentos que carregamos no dentro e sentimentos que nos chegam por fora, levando a atenção desta vez para a força e intensão de nossos traços, descontrolando a escolha, agindo pela sensação da ferramenta na folha.
Com tempo mais longo de duração e partilha estendida, os relatos das mulheres me confirmaram que a arte assêmica é uma arma poderosa de autoanálise e segredo. Uma folha completamente perfurada por pequenas pressões com a ponta do lápis carrega toda a destruição intima que não pode mais sair do corpo; linhas retas e buracos enumeram as conquistas e os vazios que preenchem o sentir; uma rede de grafite que encobre toda a folha em branco também fala sobre a força que se faz para não chorar.
Logo no começo das partilhas, mostrei a elas o início de minha pesquisa, quando criei um alfabeto alternativo para desviar o bullying que eu e minhas amigas enfrentamos na escola, em 2006. Algumas mulheres comentaram sobre o desejo de manter um diário, coisa que nunca ousaram fazer por medo de que maridos, ou membros da família, descubram o que sentem de verdade; por medo da censura. Com a escrita assêmica, elas vislumbraram pela primeira vez a possibilidade de começar um diário secreto, que acompanharia segredos indizíveis no cotidiano. Com muita potência e destreza, as mulheres de Rafooghar utilizaram traços e linhas para expressar sentimentos profundos de injustiça e desigualdade, e abraçadas pelo templo que se torna a casa, choramos em conjunto escutando relatos inimagináveis para nós, que vivemos em “paz” com nossas expressões emocionais.
Para as crianças entre 10 e 15 anos, ministrei a oficina no projeto Community Library (27/11). Primeiro expliquei a eles as potências do traço, como quando uma linha muito fina e fraca pode expressar a tristeza, ou como um traço pesado pode indicar sentimentos mais fortes. Outra vez a expressão da raiva apareceu de forma quase unânime. Em seguida, propus a dança do punho, e depois, a troca de perspectiva da ferramenta lápis, ao que 100% das crianças responderam que quando não há a obrigação de segurar o lápis/caneta da forma “normal”, é mais prazeroso rabiscar. O projeto, diferente do que acontece em Rafooghar, parece incentivar o ensino formal, então pude notar que algumas crianças levaram bronca por não estarem seguindo a instrução “de forma correta” – quando batiam na mesa, a procura de novos traços, por exemplo, claramente utilizando a folha como receptor do sentimento.
Entendendo a diferença entre os públicos, me tornei apenas observadora do contexto, e supus que o peso extra do tratamento “escolar” venha acompanhado da carência que a maioria dos voluntários que mantêm a biblioteca experimentou ao longo de cada construção social, e hoje valorizam a possibilidade de oferecer isso para crianças e adolescentes. A coordenadora do projeto, Mausam, é uma mulher nascida no interior da Índia, e segundo ela, o lugar de onde vem não possuí energia elétrica, saneamento básico ou educação, portanto algumas coisas que deveriam ser de conhecimento geral, desde 2010, são passadas apenas dentro da internet. Inscrições para provas, por exemplo, só podem ser feitas de modo online, assim como os resultados, as informações sobre o endereço, horário etc. Quem mora em lugares distantes acaba não tendo a chance de integrar a sociedade de forma igualitária, e para ela a internet tem tido um papel muito perverso no desenvolvimento social do país. Para Mausam, conseguir manter as sedes do projeto em três pontos de Nova Delhi, que dão conta de atender todas as castas da Índia, é um grande alívio.

Por fim ministrei uma oficina longa para estudantes e professores da graduação em artes visuais no Museu Kiran Nadar (29/11). Diferente das outras experiências, pude apresentar alguns conceitos filosóficos da linguagem assêmica, que atravessam contextos políticos (como no caso de Mirtha Dermisache) e se desdobram como ferramenta de linguagem, e no contexto formal de apresentação “palestra”, mesclei teoria e prática. Pude aprofundar alguns dos exercícios que aplico na trajetória dos Laboratórios das Múltiplas Caligrafias, onde escolhi apresentar as nuances de “Silêncio, Ruído”, uma percepção sobre a escrita assêmica vinculada à música, partituras e cartografias.
O barulho de Delhi é imenso. São pelo menos 4 línguas que convivem ali, junto a buzinas incessantes e vendedores cantantes. É impossível não notar o estrondo. Visual e sonoro. Assim, além da minha busca pelo eco, o silêncio me parece uma procura semelhante para quem mora em grandes cidades. Levei os estudantes para experimentar a escuta ativa numa cartografia do lado externo do museu, e para além das buzinas, foram descobertos sons de passos, vassouras, gente cochichando ao telefone, aviões, pássaros.
No final, apresentei aos estudantes a Fita de Moebius, e a obra caminhando de Lygia Clark, sob a orientação de que tudo o que escrevemos existe dentro e fora de nós, e é quase inútil a tentativa de procurar separar estes lugares. Em particular, duas alunas se encantaram pela descoberta que rabisco também é linguagem artística. Segundo elas me disseram, fazem isso no íntimo, acreditando que as pessoas veriam suas experimentações como “só loucura”.
Parte IV: Não se preocupe, não temos nada a dizer.
A última ação coletiva que realizamos com as mulheres e crianças de Rafooghar foi o mural “Don’t worry, we have nothing to say”, que pintamos à mão, em Hindi, no meio da estrada Kalindi Kunj. A parede, coberta por propagandas políticas, precisou ser limpa por mãos ágeis, causando de imediato reclamações masculinas sobre o ato.
Criado por Emilie Flower, o mural tinha como intuito compartilhar as técnicas de escrita assêmica para preencher um muro que duraria apenas o momento da ação. O tema conversa com a falta de expressão feminina na Índia, que “está pior a cada dia”, segundo diversos relatos das entrevistas que fizemos, além do fato de que o governo indiano tem se implicado em apagar quaisquer mensagens que falem sobre paz, amor, cumplicidade e amizade.
Aprendemos na Índia que mensagens deste tipo não duram sequer um dia, pois a polícia é encarregada de não deixar-se propagar arte ou poesia. Daí a intenção de nós mesmas apagarmos o que já tem um fim definitivo, de qualquer forma.
Depois de servir como um depósito de expressões que não podem ser ditas, apagaríamos os rastros do acontecimento e deixaríamos a parede nova. Durante a pintura, os moradores de Saheen Bagh, passando pela estrada, começaram a criar diversos conceitos para a ação, como “quando você vê algum acidente, ou alguém precisando de ajuda, e diz que não pode fazer nada, pois não é da sua conta”, ou “como quando os muçulmanos são impedidos de dizer o que pensam”, como disseram alguns transeuntes (homens).
Enquanto pintávamos o muro, fomos paradas pela polícia, mas com ajuda de Harion contornamos a situação. Ele explicou à polícia, num ato de improviso genial, que a frase não passava de uma educativa que incentiva as crianças a não desenvolverem julgamento. “Eu disse ao policial que as crianças estão tentando dizer aos adultos que elas são se importam se você quiser dividir seus sentimentos, elas não vão te julgar por isso porque são puras.”
Percebendo a movimentação e comoção ao redor do muro pintado, recuamos na ideia de apagar o feito. Propusemos uma votação, e dando a voz aos participantes, deixamos quem era a favor de manter o muro de explicarem a decisão “Se deixarmos aí, as pessoas que passam na rua poderão pensar sobre a frase, e cada pessoa terá uma interpretação diferente do que está exposto”, coisa que para nós parece ser óbvia, para as mulheres e crianças de Saheen Bagh, é uma novidade já que, como nos alertou Anupama, a escrita na Índia só serve para vender coisas.
De olhos fechados votamos, e a permanência da pintura ganhou.
Grupo de Pesquisas Assêmicas
Grupo de Pesquisas Assêmicas é um grupo gratuito e aberto, articulado quinzenalmente, e volta em janeiro.
Os encontros acontecem de forma online e gratuita, às quintas-feiras, das 19h às 20h.
Para participar, basta se inscrever neste link.
assêmica é a menor parte de um significado.
este é o texto número 10.
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